Evite riscos de lesões no trabalho, realizando inspeções diárias. O risco sempre fez parte do cotidiano do ser humano estimulando-o a conhecê-lo, desafiá-lo e em alguns casos até superá-lo. É certo que as formas de risco vêm sofrendo mutações com o decorrer da história. O homem pré-histórico, por exemplo, que tinha a caça como fonte de vida, corria riscos ao ser obrigado a conviver e enfrentar animais perigosos. Com o passar do tempo e com o desenvolvimento das condições de vida, os riscos foram adquirindo novas formas. A chegada da revolução industrial, as garras dos animais perigosos já não eram mais ameaças para o homem moderno, que agora tinha que conviver com as garras de máquinas industriais. Nos dias atuais, o imenso desenvolvimento tecnológico seguido da acirrada competitividade econômica fazem o homem conviver com vários tipos de risco. Evite riscos de lesões no trabalho, realizando inspeções diárias nas frentes de serviço
No presente artigo só serão trabalhados os riscos puros. Riscos puros, diferentemente dos especulativos, são aqueles que só geram perdas. Essas perdas podem ser de caráter humano, material ou para o meio ambiente. Antigamente, acidentes que ocasionavam esses tipos de perdas eram vistos como fatalidades e considerados obras do acaso. Porém essa visão foi modificada após a segunda guerra mundial, quando os EUA começaram a estudar a possibilidade de redução de prêmios de seguros e a necessidade de proteção da empresa frente a riscos de acidentes. Surgiu então o Gerenciamento de Riscos.
Entretanto, só nos anos 70, quando os prêmios de seguros de acidentes de trabalho começaram a subir, o trabalho de prevenção de acidentes e reabilitação levado a cabo pelo departamento de gerenciamento de risco passou a ser mais respeitado. O gerenciamento de risco é uma ciência que permite ao homem conviver de maneira mais segura com os riscos a que estão expostos. Tem a função de proteger os seres humanos, seus recursos materiais e o meio ambiente. Em uma organização um programa de gerenciamento de risco tem o objetivo de identificar, analisar e avaliar os riscos existentes e assim decidir como esses serão tratados. Existem duas formas de tratar o risco: financiando ou controlando. Como o financiamento foge do objetivo do trabalho só trataremos da questão do controle de riscos.
Algumas ferramentas podem ser utilizadas para auxiliar cada uma dessa fase tais como, a APR (Análise preliminar de riscos), a TIC(Técnica de incidentes críticos), a SR (Série de Riscos), a AE (Arvore de Causas), o WIF (What if/Checklist), a AAF (Análise de árvore de falhas), a AMFE (Análise do modo de falha e efeitos), HAZOP (Estudo de operabilidade e riscos) entre outras. Entretanto, é importante ressaltar que para um plano de gerenciamento de riscos ser eficaz este deve fazer parte da cultura interna da empresa e ser integrado a todos os níveis.
“O gerente de riscos deve atuar como estimulador das atuações da empresa frente aos riscos”. O objetivo é descobrir o nível de vulnerabilidade da organização para que seja elaborado um plano de ação que atue nos pontos mais críticos da mesma.